domingo, 9 de setembro de 2007

Cara a cara com Angelina Jolie

Fonte: AngelinaJolie.com


Angelina Jolie se desloca mais rápido que a velocidade da luz. Desde a nossa última entrevista, há mais de dois anos, ela viajou mais de 100 mil milhas aéreas para locais tão distantes quanto a Tailândia e o Chad. Tem como parceiro Brad Pitt, que compartilha o seu desejo de deixar uma marca no mundo.
Ela adotou mais dois filhos, teve um bebê, criou uma fundação e fez nove filmes. E não dá o menor sinal de querer tirar férias.
Em outubro, Angelina estrela O preço da coragem , que conta a história da jornalista Mariane Pearl, cujo marido, Daniel, repórter, Daniel, repórter do Wall Street Journal, foi seqüestrado e assinado no Paquistão enquanto escrevia sobre militantes islâmicos. Produzido por Brad, o filme reflete os interesses internacionais de Angelina, que tiveram início depois que ganhou o Oscar por Garota interrompida, aos 24 anos. Freqüentadora assídua das listas de mulheres mais belas do mundo, a atriz Embaixadora da Boa Vontade pela ONU e hoje mãe de quatro filhos, parece ter deixado a vida glamourosa para trás. Além de Maddox (Mad), menino cambojano que adotou em 2002, Angelina, em 2005, levou para casa Zahara (Z), que trouxe da Etiópia. Ela e Brad tiveram uma filha, Shiloh (Shi), em maio de 2006.
Em março, adotou Pax, um vietnamita. Angelina, hoje com 32 anos, fez um raro intervalo para conversar com Seleções sobre sua família, que continua a crecer, eo desejo de fazer a diferença.

Seleções: Quando encontramos você da última vez, você era mãe solteirade um filho. Hoje tem Brad e mais três filhos. O que aconteceu?

Angelina: Conheci uma pessoa maravilhosa e nos demos conta de que tínhamos idéias semelhantes sobre como viver a vida. Tudo aconteceu rapidamente. Ontem, quando fomos pegar as crianças na escola, Brad manobrou o carro e deu de caracom os três! Ele não conseguia parar de rir. Nós as amamos muito e estamos nos divertindo.

Seleções: A gravidez de Shiloh foi programada?

Angelina: Foi. Antes de conhecer Brad , disse que continuaria satisfeita mesmo se não tivesse um filho biológico. Mas Brad não pensava assim. Então, meses depois que Z veio para nossa casa, vi como Brad os tratava e percebi o quanto ele os amava. Um filho biológico, então, não seria ameaça às crianças. Foi aí que decidi: "Quero tentar".

Seleções: Fale um pouco sobre Pax. Porque você decidiu adota-lo?

Angelina: À medida que os bebês crescem , fica mais difícil serem adotados. Pax tem quase 3 anos e meio e nunca tomou uma decisão sozinho, porque num orfanato todo mundo faz tudo em conjunto. A primeira vez que dei banho nele, ele caiu na gargalhada. Tomou cinco banhos em um dia. A gente estava conversando e ele, de repente, arrancava as roupas e corria para o banheiro.

Seleções: E como foi que ele se acostumou com você?

Angelina: Nos primeiros dois dias, chorou muito. Eu contratei um inttérprete, que me explicava o que estava acontecendo. Na primeira noite, dormi sozinha com Pax. Fiquei esperando que acordasse gritando, mas ele simplesmente acordou e ficou me encarando. Eu lhe dei um bichinho de pelúcia e nós ficamos caminhando pelo quarto, apontando para vários objetos. No terceiro dia, ele não queria mais sair do meu colo. Acho que se acostumou com a realidade de alguém o ama e isso é que é ter uma mãezinha.

Seleções: E como foi se apresenta uma criança nova sem criar rivalidades entre irmãos?

Angelina: Tivemos uma longa conversa com Mad, para explicar que o irmão dele estaria assustado e que a mamãe teria de lhe dar atenção. Sempre tentamos encontrar uma forma de dedicar tempo a cada um. Quando todos vão dormir, nós nos voltamos só para Mad. Quando todos vão para escola, dedicamos o nosso tempo a Shiloh. Entre uma coisa e outra, Z e Pax têm o seu tempinho especial. E, aos domingos, fazemos "preguiça de grande família": as crianças deitam na cama conosco para assistirmos a um filme.

Seleções: E como Brad tem reagido?

Angelina: Ele não pode ir conosco ao Vietnã buscar Pax porque estava trabalhando. Mas os dois se entrosaram rapidamente. Acho que Pax, depois de ver como Zahara, Mad e Shi amam Brad, compreende que ele também é seu pai. Todas as crianças parecem se sentir seguras nos braços dele.

Seleções: Você quer mais filhos?

Angelina: Quero! Mais biológicos, mais adotados...

Seleções: Você perdeu a mãe há poucos meses. Como está enfrentando isso?

Angelina: Sou dessas pessoas que agem como se estivesse tudo bem, mas de repente me pego chorando no meio do café-da-manhã. Minha mãe era minha melhor amiga. Ela sofreu com câncer durante sete anos, mas viveu o bastante para ver meu irmão e eu nos tornarmos pessoas felizes.

Seleções: Você gosta de fazer coisas arriscadas, como pilotar aviões e motocicletas. Pensa mais na sua segurança, agora que tem quatro filhos?

Angelina: Eu não uso drogas. E não ando de moto sem capacete intencionalmente. Mas vivo com audácia e sou uma mãe feliz por causa disso. Acho que a grande questão é: estou vivendo a vida que quero meus filhos presenciem. Se algo acontecer comigo, suponho que esse é o legado que vou deixar como mãe.

Seleções: O que a levou a fazer seu novo filme, O preço da coragem?

Angelina: Estamos vivendo numa época de indignação e falta de fé. Mariane é alguém que poderia sentir todo o ódio do mundo e, no entanto, fez o oposto. Ela quer dialogar com as pessoas; seu marido era assim, tinha apreço por todos. Para fazer o filme, pessoas do Paquistão, da Índia, dos Estados Unidos, muçulmanos e cristãos, se uniram.


Seleções: Mariane estava no sexto mês de gravidez quando o marido foi seqüestrado, e eu soube que você estava grávida durante a pré-produção do filme. Que efeito isso teve sobre você?

Angelina: Enquanto trabalhávamos no roteiro, eu também estava no sexto mês de gestação. Mariane se sentou comigo, segurou a minha mão e me contou o que acontecera com ela. E eu pensei: Meu Deus, sei o que estou sentido neste instante, e não posso imaginar ter de lidar com algo parecido. Para mim, foi muito importante ter a minha família e Brad na época e compreender que foi aquela vida ? Adam, filho de Mariane ? que claramente a fez sobreviver.

Seleções: Você é muito dedicada à filantropia. É verdade que doa um terço do que ganha ao Alto Comissariado das Nações Unidades para Refugiados?

Angelina: Não. Eu estava ganhando muito dinheiro para algo que me dá prazer, e me dei conta de que um terço dele poderia fazer bem a outras pessoas. Então Brad e eu criamos a Jolie-Pitt Foundation. A primeira questão na qual nos concentramos foi a dos órgãos da Aids em todo mundo.


Seleções: Não podemos consertar o mundo, mas cada um deve fazer a sua parte. Qual é a parte que lhe cabe?


Angelina: Assim com a minha mãe, a de criar meus filhos com muito amor e me certificar de que cresçam como indivíduos felizes e corretos. Além disso, quero continuar a me instruir. Estou tentando aprender mais sobre Direito Internacional por que não temos soluções melhores para alguns conflitos ? para ditadores ou agressores que machucam ou estupram crianças ou as usam como soldados mirins. Por que não podemos ter uma comunidade internacional que resolva essas questões com rapidez e eficácia?

Seleções: Você disse que O preço da coragem é, também, uma história de amor. A parceria entre Daniel e Mariane é semelhante à sua com Brad?

Angelina: Eles são o que nós nos empenhamos em ser. Eles se conheceram por causa de um objetivo comum que era de imensa nobreza. Dedicaram a vida ao estudo de outras culturas e a tentar construir um mundo melhor pelo jornalismo honesto. Claramente se provocavam para fazer pelo mundo coisas realmente maravilhosas.

Seleções: E isso é verdade, com você e Brad? Ele não parecia ter paixão por trabalho humanitário antes de você entrar na vida dele.


Angelina: Descobri um homem atencioso, inteligente e comprometido com as questões. Ele só tem um jeito mais calado. E acho que esse é o motivo pelo qual o amo. Brad é o tipo de pessoa que pensa metodicamente no que acredita, em como vai lidar como algo, e depois faz tudo de maneira impecável.

Seleções: Como vocês arranjam tempo para ficar juntos?

Angelina: No momento, esse é justamente o nosso problema! Fazemos as coisas juntos. Tentamos conversar enquanto cuidamos das crianças. E temos uma noite romântica depois que todo mundo foi dormir.

Seleções: Você e Brad brigam de vez em quando?

Angelina: Na verdade, não. Discutimos questões relacionadas a acontecimentos globais ou algo que acabou de passar no noticiário.

Seleções: Mas as fofocas dizem que vocês tem brigado, que você está com ciúmes, que ele vai voltar para a Jennifer... Isso afeta vocês?

Angelina: Nossa primeira pergunta é: Em qual jornal saiu publicado. Foi no New York Times? Se não foi, não precisamos nos preocupar, precisamos?

Seleções: Você já disse que deseja um parceiro que a estimulasse a se melhorar. Brad faz isso?

Angelina: Ele encoraja as coisas certas. Se eu tive um dia cheio mas fui uma mãe presente, faz questão de me dizer que isso o deixa orgulhoso. Posso estar vestida com a roupa mais sexy do mundo, e, pelo seu comportamento, sei que estou bonita, mas não tão sexy quanto quando estou em casa cercada pelas crianças. Brad me desacelera para eu acertar mais, para que eu relaxe e absorva a força da família e do amor

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