O autor e jornalista entrou com uma ação em um tribunal de Illinois nesta semana alegando que ele se reuniu três vezes com Eden Sarkic, representante de Jolie em sua estreia como diretora. Braddock, que anexou Jolie na ação, junto com vários outros réus, está buscando uma liminar de emergência contra o lançamento do filme, que esta programado para estrear nos cinemas dos EUA em 23 de dezembro.
No entanto em uma entrevista nessa terça-feira, Jolie minimizou a ação judicial. "Faz parte do processo. Acontece em quase todos os filmes", disse ela, ao ser entrevistada pelo Los Angeles times em um hotel de Nova York.
O filme de Jolie, que ela garante que escreveu, gira em torno de um romance entre uma mulher muçulmana da Bósnia e um oficial do exército sérvio, que começam um relacionamento antes da guerra estourar nos Balcãs em 1991. Eles são separados quando a guerra começa, e se reencontram novamente em uma prisão no qual ela é mantida como prisioneira.
Em sua apresentação, Braddock disse que se correspondeu por telefone e por e-mail com Sarkic e alegou que contribuiu com elementos importante para o filme como "enredo, desenvolvimento do caráter, significado cultural da história e precisão histórica." Ele também disse que a ideia de um casal apaixonado que são separados pela guerra é semelhante a um enredo de seu livro, "The Soul Shattering", lançado em 2007.
Jolie reconheceu que se inspirou em muitas fontes, incluindo livros de jornalistas como Peter Maas, Tom Gielten, mas que nunca nem sequer leu o livro desse homem.
"Há muitos livros e documentários que eu usei para fazer minha pesquisa e usar como base para escrever meu roteiro. É uma combinação de histórias de muitas pessoas", disse ela. "Mas esse livro em particular eu nunca vi."
Não é a primeira vez que o filme tem enfrentado problemas. Quando as filmagens começaram no outono de 2010, Jolie enfrentou uma reação ruim de um grupo de mulheres dos Balcãs sobre o romance do filme, tanto é que sua permissão de gravar no país foi revogada. A autorização só foi concedida novamente depois que o script foi mostrado para provar que não era o que a imprensa havia divulgado que o filme se tratava.
Jolie disse que entendia as manifestantes, mas também se sentiu ferida por suas objeções.
"Senti simpatia por essas pessoas, porque essas questões são muito sensíveis", disse ela. "Mas quando você está tentando fazer alguma coisa, porque você se importa tanto com a historia delas, especialmente as mulheres dessa área, como eu estava tentando fazer, e você sabe que o tema do filme sobre a violência contra as mulheres é forte, e vê que tudo foi distorcido e transformado em uma coisa ruim, é algo que dói muito. Você se sente um pouco enojada e triste com isso. "
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